sexta-feira, 11 de março de 2016

A fonte de toda a prosperidade

A fartura é o estado em que todas as nossas necessidades são prontamente atendidas e
nossos desejos facilmente realizados. Nesse estado vivenciamos alegria, saúde, felicidade e
vitalidade em todos os instantes de nossa existência.
A fartura é realidade, e o verdadeiro propósito deste livro é termos uma visão profunda
da natureza da realidade.
Quando estamos ligados à natureza da realidade e sabemos que essa mesma realidade é
nossa própria natureza, percebemos que podemos criar qualquer coisa, porque toda criação
material tem uma única origem.
A natureza recorre ao mesmo manancial para criar um aglomerado de nebulosas, uma
galáxia de estrelas, uma floresta tropical, um corpo humano ou um pensamento.
Tudo o que é matéria, tudo o que podemos ver, tocar, ouvir, saborear, ou cheirar e feito
da mesma coisa e vem da mesma fonte. O conhecimento desse fato nos confere a
capacidade de realizar qualquer desejo, adquirir qualquer objeto material que possamos
querer e vivenciar sem limites a realização e a alegria.
Os princípios descritos neste livro dizem respeito especificamente à criação da riqueza
material ilimitada, mas podem ser aplicados à realização de qualquer desejo, porque são os
mesmos princípios que a natureza põe em prática para criar a realidade material a partir de
uma essência não-material.
Antes de apresentá-los, gostaria de explicar mais detalhadamente o que a ciência, em
particular a física, tem a dizer sobre a natureza do universo que habitamos, a natureza do
corpo humano, a natureza de nossa mente e a relação entre os três.
Segundo os físicos que estudam o campo quântico, todas as coisas materias – sejam
automóveis, corpos humanos ou notas de dinheiro – são feitas de átomos. Esses átomos, por
sua vez, são feitos de partículas subatômicas, que, por sua vez, são flutuações de energia e
informação num imenso espaço de energia e informação.
Em todos os meus livros e gravações explico detalhadamente a natureza da realidade
quântica. Sintetizando, posso dizer que a conclusão fundamental dos estudiosos do campo
quântico é que a matéria-prima do mundo não é material, as coisas essenciais do universo
são não-coisas. Toda a nossa tecnologia baseia-se nesse fato, que faz cair por terra a atual
superstição do materialismo.
Aparelhos de fax, computadores, televisores - todas essas tecnologias são possíveis
porque os cientistas não acreditam mais que o átomo, a unidade básica da matéria, seja uma
entidade sólida. Um átomo não tem nada de sólido. Ele é uma hierarquia de estados de
informação e energia em uma vastidão de possíveis estados de informação e energia.
A diferença entre duas coisas – como a diferença de um átomo de chumbo e um átomo
de ouro – não está no mundo material. As partículas subatômicas como prótons, elétrons,
quarks e bosons que constituem um átomo de ouro ou de chumbo são exatamente as
mesmas. Além disso, embora as chamemos de partículas, elas não são materiais, e sim
impulsos de energia e informação. O que torna o ouro diferente do chumbo é a organização
e a quantidade desses impulsos.
Toda criação material é estruturada a partir de informação de energia.Todos os eventos
quânticos são basicamente flutuações de energia e informação. E esses impulsos de energia
e informação são as não-coisas que constituem tudo o que consideramos coisa ou matéria.
Portanto, fica claro que não apenas o estofo essencial do universo é uma não–coisa,
mas também que ela é uma não–coisa pensante! Afinal, o que é um pensamento senão um
impulso de energia e informação?
Achamos que os pensamentos só acontecem dentro de nossa cabeça, mas essa
impressão deve –se ao fato de os percebermos como algo estruturado lingüisticamente, que
é falado em nossa própria língua.Todavia, esses mesmos impulsos de energia e informação
que vivenciamos como pensamentos – esses mesmos impulsos – são a matéria–prima do
universo.
A única diferença que existe entre os pensamentos que estão em minha cabeça e os
que estão fora dela é que eu percebo os primeiros em termos estruturados lingüisticamente.
Contudo, antes de um pensamento tornar-se verbal e ser expresso como uma linguagem, ele
não passa de uma intenção e, mais uma vez, é apenas um impulso de energia e informação.
Em outras palavras, num nível pré-verbal, toda a natureza fala a mesma língua. Somos
todos corpos pensantes num universo pensante. E assim como o pensamento se projeta das
moléculas do nosso corpo, os mesmos impulsos de energia e informação projetam-se como
eventos espaço-tempo em nosso ambiente.
Por trás da roupagem visível do universo, alem da miragem das moléculas, da maya -
ou ilusão - do que é físico, jaz uma matriz una, invisível, feita de nada. Esse nada invisível
silenciosamente orquestra, instrui, orienta, governa e obriga a natureza a expressar-se com
infinita criatividade, infinita abundância e inabalável exatidão em uma miríade de estilos,
padrões e formas.
As experiências da vida são o movimento contínuo dessa matriz do nada, desse
movimento contínuo tanto do corpo como do meio ambiente. São nossas experiências de
alegria e tristeza, de êxito e fracasso, de fortuna e pobreza. Todos esses eventos são
aparentemente coisas que nos acontecem, mas, em níveis mais primordiais, somos nós que
as fazemos acontecer.
Os impulsos de energia e informação que criam nossas experiências refletem-se em
nossas atitudes diante da vida, e nossas atitudes são o resultado e a expressão dos impulsos
de energia e informação que nós mesmos geramos.

Retirado do 1º Capitulo do livro: Criando a prosperidade. Autor: Deepak Chopra.

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